domingo, 26 de julho de 2009

Religião, Igreja, Religiosidade, Deus...

Outro dia me perguntaram se eu era evangélica, quem me conhece sabe que não gosto de rótulos. Disse que também era evangélica, se eu leio o evangelho, então posso me denominar assim. Gosto de dizer que sou cristã, por que não é um termo exclusivista. Daí vem àquela velha discussão sobre religião, a tua igreja permiti isso ou aquilo. Que saco! Pastor nem padre podem proibir nada, o certo e o errado dependem do ponto de vista de cada um. “Mas você não é “crente”?” Odeio essa expressão, acho ridícula e preconceituosa, algumas pessoas falam isso como quem diz: “eu vou para o céu e você vai queimar no inferno seu não-crente”.
Outra expressão que eu acho patética é aquela: “Sou católico não praticante”. Poupe-me! Percebi que sem querer as pessoas criaram duas novas religiões: “católica não praticante” e o “Crente afastado”. Como é isso? O Brasil é conhecido como um país religioso de predominância católica, o fato de não ter uma religião transforma o indivíduo em um ser diferente. É como se fosse um pré-requisito para ser bem aceito na sociedade. É melhor ser católico não praticante ou crente afastado do que chocar a sociedade com a declaração: “Eu não acredito em Deus”!
Voltando as duas religiões criadas para dizer “eu acredito em Deus”, gostaria de explicar cada uma brevemente. O católico não-praticante é aquele indivíduo que muitas vezes não acredita nem em Deus, o catolicismo é como se fosse uma herança genética, ele nunca vai à igreja e quando vai é por ocasião de um casamento, batizado ou missa de 7º dia. Já o crente afastado é aquele que já fez parte de uma igreja (evangélica), mas se afastou por que está cometendo pecados não admitidos pelos “irmãos” do templo ou então está desviado dos ensinamentos cristãos. Conheço vários católicos não-praticantes e crentes afastados.
Estou falando sobre isso tudo por causa de um livro que li: A Cabana, que é um verdadeiro diálogo com a trindade (eu acredito em Deus e na trindade – Pai, Filho e Espírito Santo). Enquanto as pessoas se preocupam com rótulos e em esquentar banco num templo, o livro mostra de forma bem simples que a única forma de servir a Deus é amando o próximo. Na minha humilde opinião, essa é a forma mais difícil de amar a Deus, pois “amar ao próximo como a si mesmo” é o mandamento mais complicado de seguir, é a mesma coisa que dizer dê aquilo que você gostaria de receber, quem faz isso? Muitas pessoas nem se amam...
Existem várias formas de amar: perdoar e pedir perdão, servir aos necessitados, compreender os erros dos outros... Poderia enumerar várias atitudes que podem nos aproximar de Deus, mas infelizmente o rótulo (para muitas pessoas) é mais importante do que o conteúdo.
Conheço muita gente que acredito que irá para o céu mesmo sem acreditar em Deus, são pessoas que têm humildade, respeito, carinho e principalmente, amor ao próximo. Ao contrário de muita gente que usa a palavra do Criador para ganhar dinheiro fácil, manipular pessoas, viver viajando e coberto de ouro em nome de Deus.

2 comentários:

  1. Sou obrigado a discordar de você. Ser catolico não praticante ou crente afastado não é a mesma coisa que nao crer em Deus. É sim crer em Deus mas não na doutrina de uma ou outra religião e sim num ser superior aos homens. E concordo quando você diz que pessoas que não tem religião irão pro céu por serem boas de coração, porque o fato de frequentar uma religião não te faz ser uma pessoa boa.
    CICM

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  2. Amiga!!
    Adorei o seu texto!! Então passei para tecer o meu comentário, acho que o seu blog deixa bem explicita e correta a sua opinião!! Há pessoas que só compram alguma por causa dos rótulos ou melhor das marcas, então acabam por rotular as outras!! Acho que podemos ficar com o que nos caber melhor sem outras pessoas ficarem fazendo julgamentos errados!!Adorei achar o teu blog!! Quando tiver um tempinho passa lá no meu!!
    Bjos

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